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História da Raça no Brasil.


A raça Jersey é originária de uma pequena Ilha de apenas 11.655 hectares no Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a França (região da Normandia). É denominada “Ilha de Jersey”, e pertence ao Reino unido da Grã-Bretanha.

A Jersey tem sido criada puramente há mais tempo do que qualquer outra raça bovina, desenvolvendo-se a partir do ano 1.100. Há informações de que ela se formou do cruzamento do pequeno gado negro de Bretanha com os grandes bovinos vermelhos da Normandia.

 

            Em 1763, foram decretadas leis que proibiam a entrada na Ilha de Jersey de qualquer animal vivo que pudesse transmitir doenças aos seus bovinos. Até hoje os animais que vão competir em exposições fora da Ilha lá deverão ser vendidos por não poderem retornar à origem. Essas leis sacramentaram a pureza da Raça.

 

            Em 1833 foi criada a Royal Jersey Agricultural and Horticultural Society, e a 31 de março de 1834 foi realizada a primeira exposição da Raça Jersey em Cattle Market, na Beresford Street. Em 1838 foi criado um sistema de pontuação baseado na classificação obtida nos julgamentos das exposições, sendo anotadas em um sistema de registro que deu origem ao Herd Book, efetivado em 1866.

 

            O mais importante acontecimento em toda a história da Raça Jersey foi, indubitavelmente, a criação do Jersey Herd Book, a 4 de abril de 1866. Na primeira inspeção, seis jurados inscreveram 42 touros como “Rebanho Fundador”, e uma semana depois, 182 vacas foram inscritas, iniciando assim o Jersey Herd Book, a partir do qual todo o gado Jersey Puro de Origem se origina. A partir daí, a própria Associação passou a incrementar a seleção da raça em termos de rusticidade, precocidade, prolificidade, facilidade de parição, longevidade, e produção leiteira e mantegueira.

 

            Os primeiros animais Jersey introduzidos no Brasil foram adquiridos por Joaquim Francisco de Assis Brasil, grande pecuarista e embaixador plenipotenciário em Lisboa, no ano de 1895 do rebanho Windsor, da Rainha Vitória, Inglaterra. Duas vacas, mantidas inicialmente em Portugal, foram levadas para Ibirapuitã-Alegrete e, posteriormente, para Pedras Altas. Em Portugal, a vaca Fennel encantou a todos, em especial ao marquês de Praia e Manforte que muito a elogiou. Face aos elogios Assis Brasil, educadamente, respondeu “Às ordens”. Prontamente, o marquês mandou buscar a vaca e seu terneiro que foram acompanhados por bilhete no qual Assis Brasil esclarecia que, no Brasil, o costume era este mas não significava a cedência da vaca. O marquês já havia batizado o terneiro de Bitelo, Assis Brasil rebatizando-o com o nome romano de Vitélio que, juntamente com Fennel e Sage, a outra vaca adquirida com a terneira Vitória ao pé (nascida em Lisboa), vieram para o Brasil via Buenos Aires em 1896. Em 1912, com 17 anos, Vitória deu mais uma cria, demonstrando uma das mais apreciadas qualidades da raça, a longevidade produtiva.

 

            Dona Lidia de Assis Brasil, viúva de nosso “patrono”, juntamente com suas filhas, deu continuidade ao plantel Jersey de afixo ITAEVATÉ, participando de eventos importantes e conquistando diversas premiações em julgamentos. O leite e a manteiga Jersey, inicialmente produzidas por Assis Brasil, continuaram a ser comercializados com sucesso nas embalagens da Granja de Pedras Altas.