Porque Criar Jersey?
Por que Jersey?
Por que a raça Jersey é
a mais eficiente, deixando um bom lucro com sua exploração leiteira. As vacas
Jersey são mais precoces, produzindo lucro com a venda do leite, por sinal de
excelente qualidade, a uma idade mais jovem do que as de outras raças.
A novilha Jersey não
pára seu crescimento quando tem a sua primeira cria, continuando a se
desenvolver em tamanho e produção, ao contrário do que ocorre com as de outras
raças quando emprenhadas com pouca idade. O intervalo entre suas lactações é
significativamente menor e, com menos dias sem produção, sua vida útil é bem
maior.
A facilidade de parto é
uma característica da Jersey perpetuada geneticamente, apresentando real
importância não só nos cruzamentos mas, também, evitando os partos distorcidos
e consequentes retenções de placenta e metrites (causas da redução das
lactações e da vida produtiva das vacas.
Longevidade
O gado Jersey tem a
vida produtiva mais longa quando comparada a outras raças de gado leiteiro,
tendência essa que se encontra em ascensão, e em declínio para as demais. Vida
mais longa = maior potencial de lucro.
Tolerância ao Calor
De todas as raças
leiteiras, a Jersey é a que tem maior capacidade de tolerância ao calor, Isso é
fácil de se entender, pois é a única cuja pele é pigmentada. Quando a
temperatura ambiente começa a ultrapassar os 30ºC, a temperatura corporal do
gado Jersey também começa a se elevar. Esta elevação ocorre nas outras raças
quando a temperatura corporal ultrapassa os 24ºC. Este fato é muito importante pois
o aumento da temperatura corporal influi negativamente na fisiologia do animal,
resultando na queda da produção de leite.
Durante os períodos de
estresse causados pelo calor, a produção de leite varia menos com o gado Jersey
do que com as outras raças, e o aparecimento do cio também é menos afetado.
A raça Jersey está
presente em todos os continentes. Apenas para citar alguns exemplos, a Nova
Zelândia (40º latitude sul) tem na raça Jersey grande parte do rebanho
nacional. No Quênia, cortado pelo Equador, o Jersey se adaptou tão bem que foi
a raça escolhida para os cruzamentos com o gado zebuíno Boran. Por outro lado,
o rebanho leiteiro dos países nórdicos, em regiões próximos ao circulo Polar
Ártico, são na sua maioria da raça Jersey.
Características Raciais
A raça Jersey é
conhecida pela uniformidade das características do seu tipo, seno a que mais se
aproxima dentre todas as leiteiras do “TIPO IDEAL”.
Conversão Alimentar e Produção Econônica
A Jersey é uma vaca
econômica por excelência, pois sua formação foi realizada em condições bastante
adversas em solo, clima e alimentação, resultando em um animal de elevado
índice de conversibilidade e resistência, com grande capacidade de
transformação do pasto em leite devido ao seu pequeno tamanho e grande
rusticidade, fatores que qualificaram a Jersey como uma vaca que produz mais
leite por hectare, mais leite por quilo de alimento ingerido ou, ainda, mais
leite corrigido em gordura e proteína por 100 kg de peso vivo. Esta a
verdadeira chave da sua eficiência.
Em todo o mundo a
Jersey é aceita como a mais eficiente produtora de proteína e gordura
corrigidos, que são os valores alimentares e energéticos do leite. Sua maior
capacidade de conversão alimentar resulta em maior produtividade e menor investimento
por área explorada. Como bons exemplos de produtoras citamos a vaca Rocky Hill
Favorite Débi, 2 vezes recordista americana nos anos 1979 e 1980, produzindo
numa única lactação 16.275 kg de leite e 872 kg de gordura (com 5,4% de materia
gordura), o que corresponde a uma produção 32,6 vezes maior que seu próprio
peso. Uma outra vaca, recordista mundial, chama-se Greendidge Berretta Accent:
produziu em 365 dias, aos 3 anos e 11 meses, 41.610 lbs de leite (18.890,94
kg), 1.943 lbs de gordura (882,12 kg) e 1.501 lbs de proteína (6645,75kg),
provavelmente em torno de 40 vezes o seu peso.
Qualidade do Leite
A superioridade da
qualidade do leite da vaca Jersey é inquestionável, sendo o melhor e mais
completo leite produzido entre todas as leiteiras. O leite de Jersey contém a
maior quantidade de sólidos não gordurosos (proteína, lactose, vitaminas e
minerais) e gordura, quando comparado com os produzidos pelas outras raças
leiteiras. Consumido na forma fluída, o leite de Jersey tem maior consistência
e um gosto mais forte: quanto mais componentes, mais saboroso e nutritivo é o
leite.
O leite de Jersey possui mais 20% de proteína, 29% de gordura e 20% de
cálcio.
Diferenças na composição do leite nas três principais raças leiteiras
Proteína (%)
Jersey 3,78
Holandes 3,20
Pardo Suíço 3,55
Gordura (%)
Jersey 4,73
Holandes 3,66
Pardo Suíço 4,03
FONTE: Dairy Herd Improvement Handbook, National DHIA 1993, USA
Comparando-se os produtos feitos com leite de Holandes, o leite Jersey
produz:
23% mais queijo tipo Cheddar;
20% mais queijo tipo muzzarella;
20% mais queijo tipo cottage;
23% mais queijo tipo suíço;
32% mais manteiga;
10% mais leite em pó desnatado.
FONTE: Jersey handbook 1994/1995 Ohio/USA
Cruzamentos
A Jersey tem sido
criada em estado puro há mais tempo do que qualquer outra raça leiteira, e isto
lhe dá grande facilidade para transmitir à progênie suas boas qualidades
racias: facilidade de parto, tolerância ao calor, elevado teor de gordura e
proteína, fazenso-na a raça ideal para cruzamento com outras raças europeias e
indianas.
A raça Jersey também é usada para produção de carne, num
tree-cross com raças de corte, para melhorar palatabilidade, sabor, maciez e
marmorização do produto final.