As Provas Zootécnicas são
aquelas atividades profissionais organizadas visando analisar,
classificar e destacar os melhores indivíduos e rebanhos de sua
respectiva raça e/ou função.
Os antigos criadores consideravam a aparência
externa dos animais uma importante indicação para um alto e duradouro
desempenho na produção. Muitos anos antes de serem estabelecidos padrões
de conformação de gado leiteiro, já existiam meios precisos para mensurar
corretamente a produção. Descrições documentadas de tipo eventualmente
foram consideradas necessárias para um melhoramento duradouro.
Na metade do século XX, as associações de criadores
de gado leiteiro decidiram estabelecer padrões para suas respectivas
raças criando os modelos denominados “tipo ideal” para machos e fêmeas
adultos. Os modelos foram cuidadosa e artìsticamente esculpidos sob a
orientação de melhoristas experientes, consultados todos os setores
interessados no melhoramento pecuário.
Como os modelos das cinco principais raças
leiteiras eram fundamentalmente semelhantes, uma tabela uniforme de
pontos foi estabelecida pela Associação de Gado Leiteiro Puro de Origem
(USA), servindo de orientação básica nas pistas de julgamento em exposições
e na estruturação do programa de classificação de tipo.
A tabela dirige a atenção do criador para todos os
pontos a observar ao avaliar um animal, seja como juiz em exposição, seja
com o objetivo prático de seleção no rebanho, atribuindo valores em
pontos às várias partes do animal e padronizando a terminologia
utilizada.
Embora a avaliação fenotípica dos animais seja
importantíssima para auxiliar no melhoramento, não é suficiente para o
total êxito de uma boa seleção, devendo ser utilizada em conjunto com o
controle leiteiro. As pesquisas indicaram, claramente, que estes dois
aspectos da criação de gado leiteiro são inteiramente compatíveis, nenhum
devendo ser considerado substituto do outro.
Diversos autores procuraram determinar a correlação
existente entre certas regiões do corpo da vaca e sua aptidão leiteira,
encontrando-a com relação ao peso vivo, à circunferência toráxica, ao
comprimento do corpo, à largura do maxilar inferior, etc.
Nos programas de melhoramento dos países de pecuária
leiteira evoluída, ficou demonstrado a praticabilidade de melhorar tanto
a produção quanto o tipo.
O criador de gado Jersey, ao utilizar a
classificação e o controle leiteiro oficiais em seu rebanho, reconhecerá
os inúmeros benefícios do programa de avaliação dos animais, utilizando-o
como um guia na seleção de touros e acasalamento de vacas para melhorar a
produção individual e vitalícia de seu plantel, elevando a média geral de
quantidade e qualidade do leite, possibilitando o aumento no número de lactações/vaca
e reduzindo sua reposição anual.
O conhecimento da condição de uma característica, e
de como ela contribui para a longevidade do animal, é elemento essencial
para o bom manejo do rebanho. Ter ciência dos touros provados que
transmitem boas características à sua progênie é indispensável para
realizar acasalamentos corretos.
A pontuação e o controle leiteiro do rebanho nos dá
essa informação, indicando qualidades e defeitos em cada animal, podendo
o criador obter muita vantagem da seleção genética.
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